domingo, 5 de abril de 2009

mind travelling...


Esta foi uma daquelas semanas em que as horas são meros números sem qualquer poder de controlo sobre mim. Só existiram dois momentos capazes de rotinar esta semana: Um deles era quando começava a música, o outro...era quando acabava. À medida que as batidas faziam estremecer esta armadura do meu eu, pelas frestas fui semeando sensações a mandato desta incontrolável, impulsiva e amoral líbido. Desgraçada, sempre a abusar dos meus sentidos para me controlar, tratando-me como uma marioneta. Mas isto não é tudo, fiquei pior que estragado quando constatei que não sou o melhor amigo da minha libído, não... o melhor amigo dela é o álcool... disse-me apesar da relação profissional que mantinham (o alcoól facilitava-lhe o caminho para o negócio aguçando-lhe as capacidades de negociação e dava-lhe o desplante para arriscar sem medo, em troca a líbido fazia com que eu empregasse mais alcool nos quadros empresariais das minhas sinapses levando a minha racionalidade quase à falência.), nos meus tempos livres passavam muito tempo juntos e queriam continuar assim...de mão dada continuando a fugir a opressores de consciência e uando-me para se satisfazerem.
Ora depois de um descaramento destes por parte da minha líbido tinha que pedir explicações a uma entidade superior e entendida no assunto. Lá me fiz à estrada e passados poucos milésimos de segundo já avistava a placa que tinha esctreito PERSONALIDADE. Ali não existiam prédios, hipocrisia; estradas; maldade; motores; crueldade; engrenagens. Existiam sim ávores, descontração; rios talhados pela força dos momentos que iam correndo; amor; longos relvados onde pessoas sentadas em mantas riam por entre mais um cigarro; havia ainda um céu repleto de sonho e imaginação onde por vezes as nuvens se tocavam e faziam precipitar palavras que molhavam todos, mas mais aqueles que dançavam enquanto estas caiam deixando-se molhar alegremente.
Tinha acabado de chegar, troquei uns breves pensamentos com algumas memórias que caminhavam perto e qual não é o meu espanto, quando olho para um grupo de traços do que sou sentados numa manta em amena cavaqueira com a líbido. Ora isto ainda me deixou mais confuso. Preciam conhecer-se há anos, e não pude deixar de ignorar a parecença mental que existia entre a minha líbido e os traços do que sou...Será esta manipuladora líbido apenas um buraco negro que suga a imoralidade das coisas para nosso prazer (meu e dela), ou mais que isso, será um traço do que sou?