terça-feira, 9 de junho de 2009

Back from outer space...


Ora isto foi escrito a dançar (literalmente), durante uma noite de folia na cidade dos estudantes que mais parecia um excerto de loucura retirado dos anos 80....
"Sente que nem um animal...sente sem deixar a música acabar...sente até a tua cabeça se desfazer em notas assassinas que o teu corpo vai tocando em movimentos caóticos, contagiantes, capazes de rasgar essa realidade fugaz que há muito se perdeu na ebriedade destas luzes..."
Pois é...esta merda do sentir já começa a ser clichê, mas é mesmo assim, enquanto não ouver nada mais interessante para fazer é assim que a vida vai correndo...a sentir...:-)

domingo, 5 de abril de 2009

mind travelling...


Esta foi uma daquelas semanas em que as horas são meros números sem qualquer poder de controlo sobre mim. Só existiram dois momentos capazes de rotinar esta semana: Um deles era quando começava a música, o outro...era quando acabava. À medida que as batidas faziam estremecer esta armadura do meu eu, pelas frestas fui semeando sensações a mandato desta incontrolável, impulsiva e amoral líbido. Desgraçada, sempre a abusar dos meus sentidos para me controlar, tratando-me como uma marioneta. Mas isto não é tudo, fiquei pior que estragado quando constatei que não sou o melhor amigo da minha libído, não... o melhor amigo dela é o álcool... disse-me apesar da relação profissional que mantinham (o alcoól facilitava-lhe o caminho para o negócio aguçando-lhe as capacidades de negociação e dava-lhe o desplante para arriscar sem medo, em troca a líbido fazia com que eu empregasse mais alcool nos quadros empresariais das minhas sinapses levando a minha racionalidade quase à falência.), nos meus tempos livres passavam muito tempo juntos e queriam continuar assim...de mão dada continuando a fugir a opressores de consciência e uando-me para se satisfazerem.
Ora depois de um descaramento destes por parte da minha líbido tinha que pedir explicações a uma entidade superior e entendida no assunto. Lá me fiz à estrada e passados poucos milésimos de segundo já avistava a placa que tinha esctreito PERSONALIDADE. Ali não existiam prédios, hipocrisia; estradas; maldade; motores; crueldade; engrenagens. Existiam sim ávores, descontração; rios talhados pela força dos momentos que iam correndo; amor; longos relvados onde pessoas sentadas em mantas riam por entre mais um cigarro; havia ainda um céu repleto de sonho e imaginação onde por vezes as nuvens se tocavam e faziam precipitar palavras que molhavam todos, mas mais aqueles que dançavam enquanto estas caiam deixando-se molhar alegremente.
Tinha acabado de chegar, troquei uns breves pensamentos com algumas memórias que caminhavam perto e qual não é o meu espanto, quando olho para um grupo de traços do que sou sentados numa manta em amena cavaqueira com a líbido. Ora isto ainda me deixou mais confuso. Preciam conhecer-se há anos, e não pude deixar de ignorar a parecença mental que existia entre a minha líbido e os traços do que sou...Será esta manipuladora líbido apenas um buraco negro que suga a imoralidade das coisas para nosso prazer (meu e dela), ou mais que isso, será um traço do que sou?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

singing my life...


À dois meses que não me deixava escorrer caneta abaixo...Mas hoje aquela música voltou...A minha mente voltou a fugir-me, deixou-me aprisionado fora dela...Por muito que tape os ouvidos a sua revivescente voz teima em fazer-se ouvir. Não vale a pena lutar, a esta altura os acordes já se entranharam em mim, nos meus olhos apenas o reflexo do berrante casaco que vestias naquela noite, a minha pele enrrugada com o vento que fazia esvoaçar o cabelo e deixava a descoberto a tua nívea face...
À medida que a música caminha de forma apoteótica, consigo sentir o teu respirar perto do meu...com um estirar da língua percorro as agressivas linhas que te encerram os lábios...ainda sabem a toda a cerveja que derramamos juntos nessa noite...Estrelado, como os céus das noites pefeitas devem ser, foi o pano de fundo do inevitavel beijo em que nos deixámos consumir....
À medida que a música vai cessando a minha mente deixa-me finalmente retomar controlo...mas apenas para me obrigar a fazer o que sempre fiz...carregar no stop!