terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Cá estou eu...assolado pela inevitabilidade de mais um cigarro, de mais uma adjectivação cheia de palavras que nada mais são que o reflexo das quentes cores das folhas que a minha arvore vai deixando cair neste outono infindavel. Sinto a minha alma a caducar...Sigo agora levado por uma brisa que teima em não seguir um rumo certo... Pairo sobre um mundo de olhares cegos, palavras sem voz, sons surdos....Que o meu doce outono nunca se torne no insípido, inerte, e infrutífero Inverno que assola as vossas fúteis mentes, os vossos frios gestos, os vossos desinteressados olhares, as vossas envenenadas palavras...

1 comentário:

Blueberry Muffin disse...

Deixa cair essa folha...Deixa-a soltar, dançar, bailar ao gosto da brisa ... a sua beleza é inigualável...é eterna...eterna enquanto dura... Deixa que o infrutífero inverno chegue...ele trará com ele a certeza do fecho de um ciclo... e do início de outro... Depois de uma sensação de frio, de brisa que nos faz chorar os olhos, que nos faz gelar os corações e querer adormecer virá de novo Zéfiro, e com ele um novo sol... um calor que nos fará de novo acordar...que nos trará novamente cor e alegria...que nos trará um novo verde, um novo azul... que nos levará de novo ao princípio e que nos arrastará de novo até este mesmo fim...